sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Tá estressada?! Coma nozes!



Comer regularmente uma porção de nozes pode diminuir o aumento da pressão sanguínea causada pelo estresse, diz um novo estudo feito pela Pennsylvania State University, nos Estados Unidos. De acordo com os cientistas, este benefício se deve a presença de ômega-3, gordura insaturada encontrada nas oleaginosas. O estudo observou 22 adultos saldáveis, mas com elevados níveis de colesterol ruim, o LDL.


Os participantes foram separados em três grupos, que receberam alimentação diferenciada durante seis semanas. Além disso, as pessoas que participaram da pesquisa foram expostas a situações estressantes duas vezes ao dia, e depois sua pressão sanguínea era medida.

Os pesquisadores descobriram que o grupo que consumia em média 18 nozes e óleo de nozes todos os dias tinha o nível de pressão arterial até dois pontos mais baixo do que os outros participantes, inclusive em momentos de estresse.

O coração também agradece

Além disso, os cientistas também descobriram que depois de consumir nozes, os participantes tinham uma dilatação nas artérias e uma reação anti-inflamatória nos vasos sanguíneos, o que pode ajudar na prevenção de doenças cardiovasculares. A noz é conhecida como uma rica fonte de fibras, antioxidantes, gorduras insaturadas e ômega-3.

Essas características, segundo os pesquisadores, favorecem a regulação do peso corporal e o equilíbrio das taxas de colesterol sanguíneo. A oleaginosa também oferece boas doses de selênio, considerado um oligoelemento, já que o organismo precisa de pouca quantidade dele para suprir sua necessidade. O mineral é um antioxidante que atua juntamente com a vitamina E.

Entre as funções desempenhadas pelo selênio, destacam-se a participação na síntese de hormônios tireoidianos e o auxílio a enzimas que dependem dele para terem um bom funcionamento. Em outras palavras, ele é essencial para o controle da produção hormonal e para a saúde dos cabelos, pele e visão.

Relaxe comendo

A noz sozinha pode não dar conta do recado. Por isso, conheça outros alimentos que combatem o estresse e melhoram a sensação de bem-estar.

Outros alimentos que combatem o estresse:

Banana: a fruta é um carboidrato rico no aminoácido triptofano ( cada 100g da banana contém em média 18mg de triptofano). Acontece que este aminoácido é uma substância precursora da serotonina. "Sem serotonina, o organismo fica suscetível a males como depressão, irritabilidade, insônia, ansiedade, mal humor e hiperfagia (aumento exagerado da fome)", explica a nutricionista Lucyanna Kalluf. A serotonina também é considerada como sendo uma substância anorexígena, diminuindo a compulsividade e a fome.

Mel: o alimento é um carboidrato fonte de triptofano, com ação calmante que induz a uma sensação de bem estar melhorando a função da serotonina no cérebro. O mel tem uma função importante como regenerador da microflora intestinal, quando combinado aos lactobacilos presentes no intestino. Sabe-se que mais de 90% da serotonina é produzida no intestino, portanto o mel ajuda a manter a integridade intestinal colaborando com uma melhor regulação neuro-endócrina, com mais serotonina e mais disposição e sensação de prazer.

Abacate: esta fruta rica em ácido fólico, vitamina B3 ( niacinamida) e potássio. O abacate também tem mais proteína que qualquer outra fruta, cerca de 2 g para cada porção de 110 g. Possui, ainda, quantidades úteis de ferro, magnésio e vitaminas C, E e B6. A niacinamida ( Vitamina B3) tem ação específica sobre o sistema nervoso central, colaborando com a manutenção de hormônios que regulam as substâncias químicas do cérebro e garante efeito relaxante. Esta vitamina tem ação conjunta com o ácido fólico, que atua como coenzima de diversos neurotransmissores do bom humor. Dica: fique atento ao valor calórico da fruta: cada 110 g contém cerca de 200 calorias.

Um excelente fim de semana à todos!

Ana Luiza Gadelha - Editora Blog Revista Mulher SUD

quinta-feira, 7 de outubro de 2010



Clarissa Thomé, de O Estado de S.Paulo

RIO DE JANEIRO - Entre as mulheres diagnosticadas com câncer de mama, 45,3% descobrem a doença em estágio avançado e apenas 10,9% ficam sabendo da doença no início, quando a chance de cura é maior.

Além disso, as pacientes que se tratam pelo Sistema Único de Saúde (SUS) precisam esperar 188 dias, em média, entre o diagnóstico e a cirurgia - tempo que cai para 15 dias se a pessoa tiver plano de saúde.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 5, no Rio de Janeiro, durante o lançamento da campanha Outubro Rosa, movimento mundial de mobilização para prevenção do câncer do mama.

No ano passado, foram diagnosticados 49.343 novos casos no País, que custaram US$ 157 mil (R$ 262 mil). Em 2020, a previsão é de que o Brasil tenha cerca de 63 mil ocorrências, com custo estimado em US$ 208 mil (R$ 347 mil).

"Primeiro, nós lutamos pela aprovação da Lei 11.664/2008, que assegura o direito à mamografia [em mulheres acima de 40 anos]. Agora, queremos acesso ao diagnóstico e ao tratamento imediato", disse Maira Caleffi, presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama).

"Precisamos de vontade política para mudar essa realidade, que causa milhares de mortes desnecessárias relacionadas à falta de investimento", acrescentou Maira. Ela fez um apelo para que as empresas abracem a causa e incentivem suas funcionárias a fazer o exame preventivo. "Todos os dias, 30 mulheres morrem no Brasil por câncer de mama. É preciso que as chances de 95% de cura cheguem a todas", afirmou.

O oncologista Ricardo Caponero, presidente do conselho científico da Femama, defende que o País aumente o investimento em saúde. "A Organização Mundial da Saúde recomenda 10% do PIB. O Brasil investe entre 2% e 3%", disse. Ele ressaltou também que aumento de recursos permitiria a oferta de medicamentos de ponta, aos quais as pacientes do SUS ainda não têm acesso.

Caponero citou o caso da vacina trastuzumab, que inibe a proteína presente em 20% dos casos de câncer de mama e é responsável pela evolução mais agressiva da doença. O medicamento, que custa R$ 7,5 mil por mês, é garantido pelos planos de saúde, mas não pelo SUS.

"Esse remédio melhora em 50% as chances de cura, é aprovado pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] e está disponível desde 2001, mas infelizmente não é oferecido em toda a rede pública", destacou o oncologista.

O lançamento do Outubro Rosa, que prevê a iluminação de prédios e monumentos, contou com a presença da estilista venezuelana Carolina Herrera, madrinha do projeto. Este ano, o Cristo Redentor, o Copacabana Palace e um shopping da zona sul do Rio ganharam luz especial.